segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Reflexão

Acabei de ver uma reportagem na TVI, que por acaso já tinha dado há uns tempos atrás, cujo título era "crianças do mundo".
É incrível como é a realidade da adopção em Portugal...
Eu questiono-me, afinal o interesse não é proporcionar bem-estar às crianças? Até que ponto essa felicidade não está a ser condicionada? Tudo bem, tem que se conhecer, minimamente, a família que irá colher a criança, que irá ser sua para o resto da vida. Mas para isso são precisos 6 ou 7 anos?
É ridículo! No estrangeiro é tão fácil adoptar e em Portugal é estupidamente difícil!
É claro que mais ridículo ainda são aqueles pais, adoptantes, que passado um tempo de terem a "sua" criança percebem que afinal esta não preenche os seus "requisitos". Mas afinal as crianças são o quê, objectos? Objectos que nos são úteis durante um tempo mas que depois acabam por nos cansar e deitamos fora?
São seres humanos, têm sentimentos e as suas próprias "características"! Um adulto não pode nem deve moldar uma criança. É claro que seremos a sua referência e como tal teremos uma certa influência, mas o "seu futuro" é delineado por elas.
Nessa mesma reportagem foi inquirida uma senhora que vivia na Suécia e que tinha adoptado uma criança portuguesa, que na altura tinha 5 anos. Esta senhora disse algo, em relação à adopção, que acho importante referir neste post. E foi o seguinte "Quando se adopta um bebé ele não pode mostrar, claramente, os seus sentimentos. As crianças mais velhas conseguem fazê-lo através das palavras e é maravilhoso". Não concordo inteiramente com o que a senhora disse, acho que mesmo os bebés conseguem demonstrarem os seus sentimentos, mas à sua maneira. No entanto, a realidade é esta, a maioria das pessoas, que pretende adoptar, opta pelas crianças saudáveis e, preferencialmente, bebés. E as outras crianças? As de 7 ou 8 anos? Não contam?
Às vezes questiono-me até que ponto é melhor para as crianças, cujos pais biológicos não têm condições, irem para um lar de acolhimento (temporário ou não). Óbvio que não me refiro àqueles pais que são umas bestas e que maltratam as crianças colocando-as em alto risco. Há muitas crianças que são retiradas por negligências relacionadas com a higiene ou alimentação. Não digo que não seja grave, mas deveriam haver mais apoios. Muitos dos pais vêem os seus filhos serem levados porque não têm condições para as "manter", mas os apoios que têm não são suficientes.
Os direitos das crianças são muito "bonitos" na teoria, porque na prática...

Enfim, já ando a divagar demasiado e poderia continuar assim mas vou ficar por aqui.
*

sábado, 28 de agosto de 2010

Música de Verão

Esta é, para mim, a música deste verão...

Fire with fire - Scissor Sisters


sábado, 21 de agosto de 2010

Gémeos e o amor

NO AMOR

Os nativos de Gémeos só querem agradar – a gregos e a troianos. Esta é uma missão muito difícil. Contudo, Gémeos conseguem dar a volta, e durante um certo período de tempo até conseguem transformar a sua maneira de ser, mas, como toda a façanha tem perna curta, a de Gémeos também tem. Adoram namorar, sentir-se amados e amar. São extremamente possessivos, não só com os parceiros, mas com todos aqueles que ocupam lugar no seu coração. Para manter uma relação com Gémeos é imprescindível muita energia, paciência e resistência. Uma ligação com Gémeos, é viver numa dualidade. Querem espaço mas também atenção, querem divertir-se e querem ficar em casa, têm um humor demasiado inconstante para alguém ter a mínima noção daquilo que realmente querem. São amáveis, dedicados, meigos, mas têm que ser valorizados. Gostam de pessoas inteligentes e que os ajudem a desenvolver a sua capacidade intelectual. Este é o segredo para “segurar” a relação.


Retirado do site: http://estrelacadente.com/artigos/signo-gemeos-22-maio-21-junho


E não é que é mesmo isto? Eu venci, ou melhor... perdi, pelo cansaço que provoquei. Suguei toda a energia, paciência e resistência que a relação exigia. Sou tal e qual como está acima descrito e quem me conhece pode confirmá-lo. Não escolhi ser assim, nem gosto, mas simplesmente sou.
Enfim...

*

(Des)ilusões

Alguma vez se sentiram inúteis? Eu sinto-me...
Sinto que não contribuo para a felicidade de ninguém. E o pior de tudo, é que nem mesmo para minha. Quero voltar a fazer parte de um "nós", quero que sejamos dois a remar contra esta corrente, estou farta de ser só eu a fazê-lo.
E pior que isso... tudo me parece em vão.
Sinto-me tão cansada, não física mas psicologicamente.
Sou apenas um corpo... um corpo que se limita a sobreviver e não a viver de facto. "É só uma fase", para mim longa, mas é só isso.
Um dia serei melhor, mas por enquanto mantenho assim. Sou um "mar" de lamentações, até disto estou farta.

*

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Duia

Da Weasel

A noite era calma
a chuva era intensa
uma fartazana
mas isso é sem ofensa
só eu e ela
naquele fartote
amor prazer e eu mostrava o meu forte
com muita calma,com muito amor
ela na minha alma
e eu gritando por favor

(Refrão)
Nunca me deixes
preciso de ti
o amor é uma loucura e tu precisas de mim
em qualquer altura em qualquer lugar
sinto a tua presença
até no meu olhar.

(Refrão)

Meu amor
minha dor
meu prazer
meu terror
razão de toda a fé e descrença no criador
tarde de verão
noite de inverno
brisa de paraíso
ou chama de inferno
és como 2 em 1
versão concentrada
para minha razão angustiada serenata
sempre ao meu lado sempre
longe de mim
sempre mais que suficiente,
sempre assim,assim...

(Refrão 2x)

Agora embora tudo passou
ela endoideceu
e logo me largou
sem preconceito
andar à deriva
eu andava

e não tinha mais saída
Agora meu irmão
pensa um bocado
como passarias
se estivesses neste caso
entre duas paredes
num lugar estreito
é como querer nadar sem ter o braço
direito

(Refrão 2x)


Tenho o vício de associar as músicas a determinados momentos ou pessoas, e tenho a certeza de que o mesmo acontece com muitos de vocês.

Esta música sempre me "disse" muito e agora identifico-me com ela mais do que em qualquer outra altura.


É irónico... eu passei grande parte do ano a lamentar-me de muitas coisas, nomeadamente no toca ao "amor". Dizia sempre que mais dia menos dia iria haver um ponto final. Agora que a história chegou ao fim, lamento-me e percebo que afinal não era o que eu queria.

A pergunta que me ocorre constantemente é "será que agora já é tarde para perceber isso?". Será? Sinceramente, não faço ideia...

...Mas quero acreditar que não.

*